segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Fujam que vem aí um tsunami!

Imagem via Google
resultado de pesquisa a imagens de políticos com expressões sinceras...
 Normalmente os abutres aguardam serenamente pelas suas refeições. Deixam que a natural ordem das coisas tratem da saúde às bestas para que delas possam garantir a sua sobrevivência.
Assim é a natural disposição dos acontecimentos.
Pelo contrário não é normal um abutre caçar.
Não faz parte da sua natureza, da sua "função".

Seguindo o mesmo raciocínio quanto à espectabilidade de um determinado ser, não é normal, por não fazer parte da sua natureza ou função, os jornalistas fabricarem notícias.
Não falo de inventarem notícias, porque isso, segundo a minha avó que vive há mais tempo do que eu e por isso lá saberá, já aconteceu várias vezes.
Estou a falar mesmo em fabricação. Em moldar a realidade de modo a que tome forma que se deseja.
Estou referir-me à catadupa de pseudo-notícias sobre os gravíssimos tumultos que irão assolar Portugal.

O que parece, à minha avó e a mim, é que os media desejam ardentemente que essas alterações à ordem pública aconteçam.
O que parece é que já antecipam o frenesim da chacina da presa e como tal não se cansam de picar e atiçar as bestas.
Querem directos e palermas de serviço.
Querem os possíveis excessos dos manifestantes e sangue.
Querem os eventuais excessos das autoridades e sangue.
Querem os certos excessos de audiências e receitas do sangue derramado.

Os responsáveis pelos media não se esqueçam que também vivem no país que não se importam de ver esventrado para ganhar uns cobres.

Isto preocupa-me. E à minha avó mais, porque não consegue correr como eu. É a ciática...

- Oh filho, então eles são burros e não pensam? Querem que o país se refoda todo?

Não avó. São espertos. E essas coisas não se dizem...

Hoje veio à baila um suposto relatório da PSP sobre tumultos que já indignou o PCP, cujos responsáveis já apelidaram de inconstitucional e ilegal.

A força do PC aqui não se vê muito bem, porque o relatório, para além de perfeitamente normal porque se trata de considerar hipotéticos cenários com vista à preparação da PSP para actuar em caso de necessidade, TEM DATA DE FEVEREIRO. O que talvez, apenas talvez, signifique que não tem absolutamente nada a ver com as manifs que os comunistas têm apoiado.

Em todo o caso e admitindo que tanto eu como a minha avó podemos estar equivocados, parece-me claro que só duas possibilidades se colocam como motivo para esta onda de notícias sobre o tsunami social sem precedentes:

Ou os media estão na salivação da expectativa dos tumultos pelo seu benefício;

ou os media estão a servir de instrumento da agenda do benefício de alguém.

A minha avó acha que os jornalistas querem vender.

A minha avó acha que há governantes que têm interesse em assustar a população com o objectivo de evitar contestação ao caminho que está traçado para o curto prazo do país.

A minha avó disse-me,
- Oh filho, que se fodam todos mais as mães deles!! Anda mas é jantar.

Oh avozinha, cuidado, isso não se diz...

2 comentários:

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